20090330

Não vi Augusto Santos Silva a assaltar um supermercado, mas vi-o a roubar Portugal

Ainda a propósito da defesa intelectualmente soez do ministro Augusto Santos Silva que quis comparar o assalto a um supermercado ao caso do "assalto" ao Freeport - politicamente falando, tratou-se da emissão em tempo recorde de uma licença de construção em limites de reserva ecológica pelo actual primeiro-ministro quando era ministro do Ambiente de um governo de gestão e que nunca foi esclarecida em sede própria, i.e. Assembleia da República, até para ilibar o primeiro-ministro das supeitas da prática de corrupção -, tenho a dizer que ainda não me esqueci que o nome dele surge na infame lista de participentes do encontro do grupo Bilderberg de 2006, que teve lugar no Canadá...

Bilderberg Group - Ottawa 2006 Bilderberg Group - Ottawa 2006 Rondeau

Defendo que qualquer ministro é livre de se encontrar com quem quiser, mas aceitar ir - mesmo na qualidade de cidadão - a um encontro internacional que é fechado a jornalistas e reúne políticos e empresários em reuniões sobre as quais nada transparece para a opinião pública, prevalecendo apenas os pactos assumidos em obscuras salas sem qualquer escrutínio público, obviamente que levanta questões. sobretudo quando dois importantes empresários estão directamente relacionados com a tutela deste ministro, como são Francisco Pinto Balsemão (que surge no vídeo a falar animadamente com a Rainha Beatrix) e Juan Luis Cebrian.



Entretanto, esteja-se atento ao próximo encontro deste grupo. e já se fazem previsões quanto a local e data: "Bilderberg will return to its 1993 crime scene when it attempts to meet secretly in Vouliagmeni, Greece, May 14-17".

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

As reuniões do meu condomínio são feitas na garagem, fechada, onde os jornalistas não tem acesso e onde se tomam decisões que apenas aos condóminos dizem respeito.

30 março, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

Para Santos Silva, as declarações de João Palma presidente SMMP, são "gravíssimas" e enquanto cidadão, dirigente e ministro entende que o magistrado "tem que dizer que pressões são, sobre quem são feitas e quem as exerce", isto porque "o facto de alguém dizer que há pressões não quer dizer que elas existam".

Anteriormente tinha já dito:
“Se o senhor arranjar uma gravação de um vídeo com outro a dizer que eu roubei num supermercado, não significa que eu tenha roubado num supermercado”

Moral da história:

Enquanto todos nós vivemos uma ditadura encapotada de subjugação económica, este senhor vive um estado de demência em que nada é o que parece, nada é como se diz... Uma espécie de pais das maravilhas, onde a Alice recebe umas luvas que não são bem luvas e onde este Humpty Dumpty tenta embalar-nos na sua prosa.

"- Quando uso uma palavra – disse Humpty Dumpty em tom escarninho – ela significa exactamente aquilo que eu quero que signifique...nem mais nem menos.
- A questão – ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.
- A questão – replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda.
E só isso. (Charles Lutwidge Dodgson, Alice do outro lado do espelho)."

Está proposta a alcunha para o ministro da propaganda.

01 abril, 2009  

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