20060930

A "burla" do Expresso

Sei que me arrisco a parecer "petulante", mas, infelizmente, não posso evitar que existam boas razões para isso. Hoje, por exemplo, o semanário "Expresso" diz uma coisa que eu já sabia há uns anos:



Uma notícia que ainda teve direito a ser ampliada pela SIC...



Sabia disto desde que pesquisara para o meu livro de Novembro de 2003, "Eu Sei Que Você Sabe", pois a história consta deste outro livro que, por sua vez, fora publicado em... Abril de 1976!





Eu também sei que o jornalista José Pedro Castanheira já fez uma notícia semelhante há uns anos. Porém, só agora e graças aos arquivos norte-americanos foi capaz de confirmar esta história. Contudo, aqui o "petulante" avisa desde já que o seu próximo livro será uma espécie de continuação do "Eu Sei Que Você Sabe" e irá revelar histórias bem mais interessantes e, sobretudo, inéditas, que foram igualmente retiradas daqueles mesmos arquivos... É só uma questão de tempo até a edição estar pronta.
Lá para o fim do mês de Outubro darei mais notícias.
E digo isto sem qualquer ponta de petulância.

Regras para uso da Internet pública em Itália



O quê?! Pensavam que existe liberdade?!

Pronto, o livro já foi lançado...




... e agora só falta aguardar pelas provas!

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20060929

Sim... também estive em Roma

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20060928

Enquanto o Papa não chega a Lisboa...


Em Itália já se fala disso... ...

"Corriere della Sera", 29 de Setembro de 2006, pág. 29.

E também em Espanha... ... ... ...

E Portugal... ... ...

"JN", 28 de Setembro de 2006, pág. 61.

"DN", 29 de Setembro de 2006, pág. 22.

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20060927

O triunfo das teorias da conspiração

Às vezes, o Vicente Jorge Silva até diz umas coisinhas interessantes:

"(...) Se a política iraquiana dos Estados Unidos acabou - conforme reconhecem os 16 serviços secretos americanos - por funcionar como aliada objectiva da irradiação do terrorismo, não é de surpreender que o terreno seja hoje particularmente propício às teorias conspirativas. É o caso, precisamente, de Loose Change, onde se manipulam as perturbadoras incongruências oficiais, os fios misteriosos e os buracos inexplicados do 11 de Setembro (e eles não faltam, aliás, no ataque ao Pentágono e no próprio desabamento das Torres Gémeas) para 'demonstrar' que tudo não passou de uma tenebrosa conspiração da América contra si própria - como se a Al-Qaeda ou Ben Laden nunca tivessem existido ou fossem criações virtuais dos sinistros poderes ocultos americanos.
No entanto, depois da fantasia grosseira das 'armas de destruição maciça' no Iraque e do palco que ali foi oferecido ao terrorismo, não será compreensível o fascínio mórbido por conspirações loucas e absurdas? Não serão elas eventualmente mais imaginativas e excitantes do que as mentiras toscas, a imbecilidade ideológica ou a incompetência militar e política - tão inverosímil que parece "conspirativa" - da Administração Bush?"

Ir a Roma e ser o Papa



Luís Miguel Rocha esteve ontem em Roma na conhecida sala da Associazione della Stampa Estera in Italia para apresentar o seu livro "La Morte del Papa" e explicar aos jornalistas aí presentes toda a verdade sobre a morte do Papa João Paulo I.



Segundo o escritor português, João Paulo I foi assassinado na madrugada de 29 de Setembro de 1978, ao fim de 33 dias em funções. A sua morte foi resultado de uma conspiração interna no Vaticano devido a questões monetárias do Banco da Igreja.



O livro, cujas edições em espanhol e italiano chegam amanhã às livrarias, ao mesmo tempo da edição portuguesa, tem publicidade nos autocarros de Roma que vão em direcção à Praça de S. Pedro. A edição em Itália está a cargo da Cavallo di Ferro, a secção italiana da editora portuguesa Cavalo de Ferro. Esta é a mesma editora italiana de, por exemplo, "Equador", de Miguel Sousa Tavares.

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20060922

Se acaso alguém perguntar por mim durante os próximos dias...



... digam-lhe apenas que fui dar um passeio no barquinho de um amigo.

20060920

O Pacheco Pereira não é nada estúpido!

Pacheco Pereira escreveu o seguinte no Abrupto:

"'Ponham lá aí um cartaz a dizer que eu sou muito estúpido', é o que os que levam a sério o Loose Change, a começar pelos programadores da RTP que entraram agora num nível provocatório, estão a dizer. Quem acredita que um filme que afirma que nas Torres Gémeas houve uma explosão controlada e não se dá ao trabalho de explicar como é que foram colocados os milhares de cargas explosivas necessárias para o fazer sem ninguém dar por isso (dezenas de homens invisíveis, milhares de locais armadilhados, pelos vistos também invisíveis, centenas de horas de trabalho necessárias), e que nega que dois aviões foram 'caídos' sem se dar ao trabalho de explicar onde estão os passageiros que desapareceram sem deixar rastro (estão presos em Guantanamo? Foram levados para uma base secreta e fuzilados? Estão na estação espacial?) e outras mil e uma falsificações rudimentares, devia usar um badge a dizer que é estúpido. Podia até fazer-se uma versão politicamente correcta: 'eu ainda sou mais estúpido do que o Presidente Bush'. Ah! Claro que é também possível que os nefandos americanos tenham descoberto o segredo da invisibilidade, uns ecrãs de hipnose colectiva e máquinas para 'beam me up' e então está tudo explicado. E depois deram tudo isto ao Bin Laden.

O que se passa com o Loose Change mostra como o fanatismo político anti-americano leva à deterioração do pensamento. E é contagioso, tanto para as mentes simples como para as sofisticadas".

Ora, o Pacheco Pereira não é nada estúpido. Sendo assim, o que leva uma pessoa como ele a dizer isto? Precisamente por não ser estúpido, Pacheco Pereira sabe que não está "autorizado" a dizer o contrário...
Nós, que também não somos nada estúpidos, só devemos é ter pena dele... e perdoar-lhe a cobardia intelectual.

20060919

Na Abadia de Westminster



In Westminster Abbey

Let me take this other glove off
As the vox humana swells,
And the beauteous fields of Eden
Bask beneath the Abbey bells.
Here, where England's statesmen lie,
Listen to a lady's cry.

Gracious Lord, oh bomb the Germans,
Spare their women for Thy Sake,
And if that is not too easy
We will pardon Thy Mistake.
But, gracious Lord, whate'er shall be,
Don't let anyone bomb me.

Keep our Empire undismembered
Guide our Forces by Thy Hand,
Gallant blacks from far Jamaica,
Honduras and Togoland;
Protect them Lord in all their fights,
And, even more, protect the whites.

Think of what our Nation stands for,
Books from Boots' and country lanes,
Free speech, free passes, class distinction,
Democracy and proper drains.
Lord, put beneath Thy special care
One-eighty-nine Cadogan Square.

Although dear Lord I am a sinner,
I have done no major crime;
Now I'll come to Evening Service
Whensoever I have the time.
So, Lord, reserve for me a crown,
And do not let my shares go down.

I will labour for Thy Kingdom,
Help our lads to win the war,
Send white feathers to the cowards
Join the Women's Army Corps,
Then wash the steps around Thy Throne
In the Eternal Safety Zone.

Now I feel a little better,
What a treat to hear Thy Word,
Where the bones of leading statesmen
Have so often been interr'd.
And now, dear Lord, I cannot wait
Because I have a luncheon date.

Sir John Betjeman

Alguns dias em Setembro

Quem estiver interessado em ir ver o filme "Alguns Dias em Setembro digo-lhe desde já que a história parece-se um pouco com aquela que vivi em Lisboa com o Oswald Le Winter, também durante o ano de 2001. Também ele tinha cabelo branco e voz cansada como o Nick Nolte, também ele se arrastava pesadamente com a ajuda de uma bengala, também ele queria fazer as pazes com os filhos que há muito não via e também ele me disse, antes de tudo acontecer, que se preparava um atentado contra o Presidente dos EUA... Só tenho que dar os parabéns ao produtor português do filme, Paulo Branco... E Veneza pareceu-me tão semelhante a Lisboa que se tudo isto não se passasse de uma coincidência...

20060917

Concordo ou talvez não...

De repente, até que poderiam pensar que concordo com este texto... Contudo, não o possar assinar por baixo apenas porque, da mesma forma que não se provou que, por exemplo, caiu um avião no Pentágono, também não sei até que ponto se pode provar que foi um míssil. Também não sei até que ponto se pode provar que foi uma implosão que derrubou as Torres Gémeas. Agora, sei que há indícios que são silenciados nos órgãos de Comunicação Social e o trabalho de um jornalista é o de não deixar que certos factos sejam esquecidos. Não há verdades supremas nem absolutas nesta terra. O trabalho do jornalista é uma permanente e, se quisermos, quixotesca, busca por respostas às perguntas que ele conseguir ser livre de as fazer. Sempre... até à vitória final da Liberdade!

Só para quem quiser deixar-se enganar...

O jornal com nome banco angolano, de para além de publicar notícias que nos interessam verdadeiramente...



... e de colocar títulos imprevisíveis...



... reconhece que é o "Polvo" que lhe paga a publicidade.


(Esta publicidade a um banco é mesmo de deixar um tipo de boca aberta!... Isto deve ter sido uma brincadeira criativa que depois foi publicada por engano... Só pode!)

Por outro lado, o semanário de Paço de Arcos (e não de Queluz!...) continuou com a saga do muçulmano infiltrado pela CIA na Bósnia e que passou pelos Açores (Sem ser forçado! Como espião da CIA! Voluntariamente!...), no entanto...



... mais uma vez o semanário não contou a história completa. Felizmente para quem lê este blogue, há muito que é conhecida...

E depois, quando pensamos que os diário de "referência" poderiam - e deveriam! - fazer a diferença, temos estas notícias:



Ficamos assim a saber que o director do diário esteve a participar na reunião à porta fechada no mais puro estilo dos encontros de Bilderberg.
O jornalista destacado para fazer a cobertura da reunião secreta da voz do dono, perdão, director, lá se enganou quando quis agradecer a honra de respirar o mesmo ar daqueles senhores e, pimba! escreveu "think thank" (sem aspas no original) em vez daquela coisa reles em inglês do "think tank" (que é uma coisa perfeitamente normal em português e muito democrática por sinal).
Os leitores mais incautos agradecem sempre por esta informação livre, de referência, sempre isenta e chamam a isto o melhor do jornalismo em Portugal...

20060916

Não dá, porque não pode...

Ainda é cedo para avaliar o novo jornal com nome de banco angolano. Agora, o que vos peço é que, para já, não se deixem enganar por subtilezas como esta:



Sinceramente, não sei se o que vou dizer ainda está de todo correcto, mas recordo-me que, a 5 de Maio de 1998, quando fiz a reportagem para o "Tal&Qual" sobre o lançamento do "24 Horas", o então director do diário, José Rocha Vieira, queixou-se das ofertas que a concorrência fez para evitar os "estragos" causados pela entrada no mercado do novo jornal. Lembro-me que uma dessas queixas prendia-se com o facto de que, por lei, o "24 Horas" não podia fazer concursos nem proceder à oferta de outros produtos durante o seu primeiro ano de vida. Penso que se tratava de um artigo na lei de modo a que os novos jornais se afirmassem verdadeiramente como órgão de Comunicação Social antes de poderem ter direito a serem simples veículos de promoções e brindes. Quer isto dizer que este novo semanário com nome de banco angolano só não dá, por exemplo, livros, Cds ou DVDs porque... aparentemente está proibido de o fazer durante o seu primeiro ano de existência!
Como disse, não pude ainda confirmar a existência desta proibição e, caso não seja correcto o que estou a dizer, desde já as minhas desculpas aos meus leitores. Mas que me lembrei disto, lá isso é verdade.

Segundo.
O semanário com nome de banco angolano apresentou um dos seus accionistas e teve necessidade de terminar o texto desta forma:



Ora, eu já estive em Angola, mas mesmo assim também não tenho negócios lá. E, sinceramente, se forem negócios honestos, não teria qualquer problema em tê-los. Quanto a maçons e membros da Opus Dei, até que conheço alguns. Mas nenhum me dá dinheiro. Disseram-me que preferem dá-lo a quem diz não os conhecer e que respeita-os mais do que eu!
Olhem, já nem sei o que vos diga, mas uma coisa preocupou-me ainda mais: fiquei com vontade de começar a comprar o "Expresso" ao sábado!...

20060915

Aquarela algarvia

Cheguei à hora marcada. Segui as indicações que me deste e virei à direita na estrada principal. Penso que não me enganei no café.


Confirmei que era este o local quando vi logo à entrada a mesa de bilhar.


E tinhas razão... àquela hora não haveria muita gente na sala de almoço. Apenas um homem que comia o bife com batatas fritas. Pedi um pão com queijo e fiambre, "sem manteiga, por favor" e bebi um sumo de pêssego enquanto esperava por ti.


Tal como disseste, se tivessem passado mais de quinze minutos da hora marcada deveria abandonar o local. E rápido...


Não entendo porquê essa precaução. Não havia sinais de perigo. Pensei que estivesses a exagerar...


Algo me disse que, porém, não valeria a pena ficar à espera para descobrir. Vim-me embora como pediste. Marcamos encontro para outro local mais tarde, ok?

Mais uma do pequeno irmão...

"Logo a seguir ao 11 de Setembro os Estados Unidos mudaram profundamente a sua política de vistos num sentido restritivo. A circunstância de os terroristas do 11 de Setembro terem entrado legalmente nos EUA com vistos emitidos pelos consulados americanos na região do Médio Oriente, designadamente na Arábia Saudita, pesou nessa decisão. Como pesou o facto de vários deles terem ido para a América para estudar... como pilotar um avião!"...

Então agora pergunto eu: E por que razão os EUA não invadiram a Arábia Saudita?!?!?!?!?!?!

Chicos espertos no Armazém 6

A "Bruaca" promete voltar à carga com as suas análises do mercado de trabalho em Portugal. Desta vez mudou-se de um armazém para uma empresa verdadeiramente portuguesa. A coisa promete...
Só espero que desta vez seja a valer. Quem ainda não conhece este blog, e enquanto não surgem os novos episódios, visitem os arquivos e... divirtam-se!

Verdade inconveniente


Quando aparece um ex-"próximo Presidente dos EUA", já não se usa a palavra "Teoria da Conspiração", mas sim o eufemismo "Verdade Inconveniente". Al Gore virou-se para a ecologia para concluir que a luta contra o terrorismo e o negócio do petróleo está a destruir o planeta. Não é teoria da conspiração, é a mais pura das verdades, é uma verdade inconveniente que agora chega ao cinema...

20060914

Paf!.... Pois era!...



E lá se vão 21 mil euros para!...

O jornal de jardinagem




O jornal com nome de banco angolano vai-se destacar, entre outras coisas, pela secção de jardinagem. Calha bem, pois o meu jardim está a precisar de umas novas ideias. A sério! Não estou ser irónico...

O tal de um brasileiro...

Leio o título "Brasileiro filma 'Ensaio sobre a Cegueira', de José Saramago" e quando leio depois o artigo fico a saber que o tal do "brasileiro" é, afinal, o mais conhecido e reputado realizador brasileiro da actualidade, Fernando Meirelles... É "apenas" o Fernando Meirelles, pessoal!, o da "Cidade de Deus" e de "O Fiel Jardineiro". Bastava ter colocado como título "Meirelles filma Cegueira de Saramago" e dava para manchete do jornal com nome de banco angolano.

20060913

Convite para o lançamento de "O Último Papa"



Todos os leitores do "Para Mim Tanto Faz" estão desde já devidamente convidados para o lançamento do "O Último Papa"

Rádio Táxi com DVD




Para viagens de longo curso com partidas de Lisboa ou para evitar o stress no trânsito, recomendo que entrem em contacto com o Paulo... O táxi dele está devidamente equipado com DVD. Podem levar os vossos filmes ou então optar pela selecção que ele tem disponível.
Ah! E podem dizer que são amigos do Frederico...

Carta aberta a Fernanda Câncio

Fernanda,

Não creio que alguma vez nos tenhamos conhecido pessoalmente, embora houvesse uma altura em que ambos trabalhamos no mesmo edifício. Fui jornalista durante oito anos no "Tal&Qual" e sempre te considerei como uma pessoa aberta e inteligente e uma jornalista que gosta de ir mais longe. Acho que tens preocupações genuínas, correctas e és sincera.
Li agora o teu "post" no Glória Fácil sobre o documentário "Loose Change", onde dizes:

"(...)ocorreu-me, sei lá, perguntar aos conspirativos autores dos ditos por que motivo deixaram fora da picture (ou, neste caso, do doc) os atentados antes e depois do 11/9. tipo, onde é que encaixam o 11 de março e o sete de julho (só para citar os casos europeus, até porque, confesso, não me lembro das datas dos outros) nesta história? ou foi uma cena copy-cat?".

Fernanda, ainda hoje não se sabe o que se passou em Madrid, mas sabe-se, por exemplo, que havia um informador da Guardia Civil entre os envolvidos chamado Rafa Zouhier. A Guardia Civil, por sua vez, era dirigida pelo general Félix Hernando, uma pessoa com ligações ao responsáveis dos GAL - que, como te poderás lembrar, vieram contratar ao hotel Ritz três mercenários portugueses. E um deles até era segurança na embaixada dos EUA em Lisboa.
Sim, Fernanda, há o padrão da ligação entre terroristas e as autoridades policiais locais. Tal como no 11 de Setembro...
Em Londres também tens o mesmo padrão. Essas ligações muito duvidosas entre os terroristas e as autoridades inglesas, como se pode ver neste caso, quase provocaram um conflito diplomático entre a Inglaterra e a França.
Fernanda, presumo também que tenhas ouvido ontem o Mário Soares na RTP1 dizer que é contra teorias da conspiração, mas que é favor da clareza. Pois também eu, pois também tu, acredito. E pois somos todos nós.
Detesto teorias da conspiração, ao contrário de alguns jornalistas que confessam ter "fascínio". Para mim, que tanto faz, as teorias da conspiração aparecem como uma reacção natural da parte de pessoas normais e inteligentes quando os jornalistas se demitem das suas funções, mas querem manter o emprego, percebes?
Tu tens fontes bem colocadas. Porém, compreendo que não queiras desgraçar a tua vida com perguntas que não devem ser feitas, no entanto, por favor, respeita quem ainda acredita que vale a pena lutar pela TUA Liberdade, que afinal é a mesma de todos nós.
Se precisares de uma pista para entenderes o que quero dizer, lê o relatório da VIII Comissão de Inquérito Parlamentar de Camarate. Está lá o início do 11 de Setembro. Exagero meu? Deixa-me sorrir com piedade, mas as ligações entre Irão, tráfico de armas, CIA, George Bush (pai, chefe da CIA entre 1976 e 1977 e candidato a vice-presidente dos EUA em 1980), estão lá. E é um relatório feito pela nossa Assembleia da República, dias depois do Jorge Sampaio ter demitido Santana Lopes.
Não é um filme na Internet.

Resposta do Provedor do Telespectador da RTP

Na sequência disto:

"Exmo. Sr. Frederico Duarte Carvalho
Em nome do Provedor do Telespectador agradeço o seu contacto de e-mail.
Foi tomada em devida conta pelo Provedor o conteúdo da sua mensagem.
Quanto ao problema dos horários, o Provedor já fez chegar um relatório ao Director de Programas da RTP, uma vez que se trata de uma questão recorrente.
Tenciona, ainda, o Provedor num dos seus programas televisivos, que terão início a 16 de Setembro, abordar o tema dos horários.
Para as questões mais específicas relativas às grelhas de programação, poderá recorrer à Linha de Apoio ao Espectador, cujo número de telefone é o 707789707.
Renovando os nossos agradecimentos pela sua colaboração Melhores cumprimentos.
Chefe de Gabinete do Provedor do Telespectador,
Fernanda Mestrinho"
De nada, digo eu.

20060912

Soares é adepto das teorias da conspiração!



No "Prós e Contras" desta noite falou-se do filme que poucos viram na RTP1. Mas deu para ver que, afinal, Mário Soares é um grande adepto das teorias da conspiração!

"Sim, por que a família do Bin Laden saiu da América no dia 11?"
"Quem fez muito dinheiro naquele dia?"
"É preciso perceber quem está por detrás disto".
"Onde é que compram as armas?"
"É o sistema que está em causa..."
"E os paraísos fiscais?..."

Para Soares é difícil imaginar a implosão das torres (tudo bem), mas importa descobrir "quem arma esta gente, de onde vem o dinheiro, por que não se fala nisso e se deixam certas coisas na sombra prepositadamente?"...

"Bin Laden não foi armado pelos americanos?", aponta.



E depois: "Sou contra as conspirações sou pela clareza..."

POIS TAMBÉM EU, CARAGO!

Já o Pacheco Pereiro não foi abrupto, foi mesmo bruto:




"Eu sei lá se a família Bin Laden saiu ou não saiu dos EUA!"
"Em geopolitica há coisas muito estranhas..."
"O Ceausecu era amigo do PS porque era contra o Pacto de Varsóvia..."

Soares, a falar assim, até que faria parte da solução se não fizesse parte do problema. Diz coisas correctas, mas depois isto anda sempre ao contrário daquilo que ele diz. Deve ser por isso que lhe chamam "animal político"... Eu diria mais: é uma "grande besta política"!

Place Blanche et Boulevard Montmartre


Antoine Blanchard


Camille Pissarro

P.S. Isto é só para me lembrar que um dia destes gostaria de usar um destes quadros para a capa de um livro.

20060911

Pequena notícia cultural

E este foi o filme vencedor da edição deste ano do Festival de Cinema Americano de Deauville: "Little Miss Sunshine".

Carta aberta ao Provedor do Telespectador da RTP



Caro senhor Provedor do Telespectador,

O documentário sobre os atentados do dia 11 de Setembro, "Loose Change", deveria ter sido exibido na RTP1, na noite de domingo, dia 10, às 03.05.

O documentário apresenta uma versão jornalística bastante diferente daquela que tem sido difundida pelos normais serviços informativos da televisão estatal, sendo que as questões levantadas confirmam que há jornalistas que se limitam a repetir sem questionar as versões dos governantes.

Convenhamos que passar um documentário às 3 da madrugada na véspera do primeiro dia de trabalho da semana é, à partida, um convite à não visualização do mesmo. Este nem sequer é um trabalho marginal, pois tem vindo a gerar uma onda de interesse à sua volta nos EUA e na Internet, sendo exemplo disso o artigo de quatro páginas na edição de Agosto da prestigiada revista norte-americana "Vanity Fair".

Fiquei depois a saber que a RTP1 decidira antecipar a emissão do documentário "Loose Change" em cerca de duas horas, ou seja, para a uma da madrugada. E isso nem se poderá dizer que corresponda a um reconhecimento da importância do trabalho, pois não deixa de ser uma hora tardia. E não creio que tivesse havido qualquer aviso, uma vez que a informação que a TV Cabo disponibilizava à hora da emissão continuava a referir que o documentário estava mesmo marcado para as 03.05.

Quem se terá deitado por volta da meia-noite e confiou no seu gravador, foi enganado.

Quem fez planos para ficar acordado até mais tarde para poder ver ou controlar a gravação manualmente, mas não esteve em casa até antes da hora marcada ou tinha a televisão sintonizada noutro canal, também foi enganado.

Só não foi enganado aquele que já há muito sabe que a RTP1 não respeita os horários, não respeita o telespectador com avisos de mudança de horário e, sobretudo, com estas manobras de programação, sonega informação vital para a discussão democrática em sociedade.

Por fim, sei que o mesmo documentário vai passar hoje, dia 11, na RTP Madeira, às 19.45. Neste caso, nota-se que há mais Liberdade na ilha da Madeira do que em Portugal Continental.

Com os melhores cumprimentos

Frederico Duarte Carvalho

(Convido todos leitores que concordam com este texto a copiá-lo, substituir a minha assinatura e enviá-lo para o provedor do telespectador da RTP através de fax ou e-mail.

Remember the 11 of September...

foto:Rob Howard

No dia 11 de Setembro de 2001 estive em casa de Oswald Le Winter para me despedir dele visto que eu iria passar uns dias de férias no Porto. Por acaso, tinha um bilhete de avião para os Açores com data para o dia anterior, mas por uma razão pessoal - que não se prende com qualquer conspiração - tive de cancelar a viagem.
Lembro-me que Oswald estava especialmente pessimista nesse dia: "Freddy, soube que estão a planear um atentado contra George W. Bush para colocarem Dick Cheney à frente da Casa Branca. Bush só tem feito asneiras", disse-me. O ar de Le Winter reflectia uma sincera preocupação e seriedade.
Não acreditei que iria haver um atentado, pois o pai Bush, por muito mal que se possa dizer dele, ainda assim não iria deixar que matassem o seu filho. Não enquanto houvesse alternativas... Matar W. Bush não seria tão simples como fora matar JFK em 1963. É que Bush pai fora director da CIA e ainda tem lá muitos amigos, sobretudo após os anos em que foi vice-presidente e minimizou o "desastre" que foram os quatro anos do mandato de Jimmy Carter (sim, aquele que viria a ganhar o Nobel da Paz em 2002).
Quando ia a descer as escadas do prédio virei-me para trás e ao acenar a Oswald Le Winter disse-lhe para ter cuidado pois isto é "um mundo perigoso". El respondeu-me de igual forma.
Longe estavamos nós de imaginar que o plano afinal seria outro. Pois, se não podiam matar o Presidente e colocar em seu lugar uma pessoa mais capaz, então iriam matar inocentes no seu próprio território... Isso, soube eu desde o primeiro momento, há cinco anos. E, sim, tem sido duro viver rodeado de ignorantes apesar as evidências estarem todas à nossa frente... Porém, começa a haver cada vez menos gente a ignorar, lá isso começa...
Obrigado.
E, remember, remember the 11 of September...

20060909

O pequeno irmão

O retrato do fundador

Não foi só o formato do "Expresso" que mudou hoje. A par da consequente remodelação gráfica o semanário passou a incluir no cabeçalho o nome do fundador: Francisco Pinto Balsemão.



Hoje...



como ontem.



O homem que carrega na tecla "enter" e confirma a primeira página do semanário que há 33 marca o tom da política em Portugal merece um retrato neste dia tão especial...









Fundou o semanário quando era deputado no tempo do Estado Novo e, depois de ter sido um dos fundadores do PPD, em 1979 deixou a liderança do "Expresso" para ir governar...







Após "Camarate", foi ele quem tomou as rédeas do Governo e enfrentou os problemas do País...







... sem medos.




Como um autêntico homem de Estado...







... acompanhado por ministros de confiança.





Alguém que ama o seu povo.





E se não conseguiu cumprir como governante as suas promessas do tempo em que era deputado no Estado Novo..



... pelo menos pode festejar o sucesso pessoal.



Pois, lembrem-se, ele é apenas um homem como todos nós e pode dizer: "Eu tentei".