20060127

Reina a ordem em todo o país

Recebi várias reacções sobre o "post" do atentado em Lisboa. Entre as acusações de ser alarmista e estar a ajudar à propagação da ideia do medo - ao que respondi, como disse Roosevelt, que só devemos ter medo do próprio medo -, também houve quem me perguntasse em que dia isso iria suceder e porquê.
Ora, analisando fria e logicamente os factos, vemos que os atentados nos EUA, Espanha e Londres, tiveram lugar em dias militarmente úteis, que são a terça-feira, quarta-feira e quinta-feira. O dia 11 de Setembro de 2001 foi terça-feira, 11 de Março de 2004 foi quinta-feira e 7 de Julho de 2005 foi igualmente quinta-feira. Estes são os dias para as revoluções terem sucesso (o nosso 25 de Abril de 1974, por exemplo, foi numa quinta-feira, ao passo que a tentativa de golpe anterior, o 16 de Março de 1974, foi a um sábado).
Estes dias são os mais importantes, uma vez que os quartéis têm o número máximo de soldados. Segunda-feira, sexta-feira e fim-de-semana são dias com menos tropa.
Assim, a haver um atentado em Portugal, este teria de ser ou numa terça, quarta ou quinta-feira. Olhando para o calendário, há datas interessantes, como o próximo dia 31 de Janeiro, terça-feira, data da tentativa revolucionária Republicana ou o dia 1 de Fevereiro, quarta-feira, em que fará 98 anos que foi morto o Rei D. Carlos no Terreiro do Paço. O 2 de Fevereiro seria memorável devido à aritemética, pois a data ficaria mundialmente conhecida como o 2/2, algo muito parecido com o de Londres, que é o 7/7...
Por outro lado, estejam tranquilos, pois acho que não vai haver qualquer atentado na manhã desses dias (sim, todos os atentados foram de manhã cedo, para que depois as pessoas ficassem em casa a seguir pela televisão... Sem esquecer ainda que os dois últimos atentados, Madrid e Londres, ocorreram em transportes públicos, como comboios suburbanos, metro e autocarros). Acho que não vai ocorrer nenhum atentado, pois, afinal, o povo português "portou-se" bem e elegeu Cavaco Silva à primeira, impedindo assim que o governo de Sócrates tremesse face à possibilidade de ter de apoiar Manuel Alegre para uma segunda volta...

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