20050930

Areias de Portugal, Relvas da Croácia

Estive ontem no lançamento do livro "Contas à Vida", do jornalista Viriato Teles, onde figuram 20 entrevistas a diversas personalidades sobre os 30 anos volvidos do 25 de Abril.



Um dos entrevistados foi o artista plástico Fernando Relvas, presente na cerimónia que teve lugar ao fim da tarde na Voz do Operário.



O Relvas é também bem conhecido pelas bandas desenhadas que fez na revista "Tintin", como o divertido "Espião Acácio", a inovadora "Rosa Delta Sem Saída" e o poderoso "L123"...



... e o belo conto do "Cevadilha Speed"...



... sem esquecer ainda o "Karlos Starkiller" no "Se7e" e outras bd's. Entretanto, Fernando Relvas, desiludido com este nosso país da tanga, casou-se e rumou para um local não muito diferente: Croácia.
Como disse na entrevista a Viriato Teles: "Não se está mal, apesar de ser um país rural, muito parecido com o nosso, com muitos dos defeitos provincianos, muitas das mesmas mesquinhices, mas também com muitas das coisas boas do campo".
Ficam as saudades pelas suas bandas desenhadas, mas podem sempre seguir as suas aventuras pessoais (e da mulher, a artista plástica Nina Govedarica)através destes blogs: Peixe Cru e Adriatiko.

20050927

Mais uma do "Cofre"...

Ao fim de um minuto ainda ninguém acertara....

Isto até dá vontade de chorar...

Também podiam arranjar umas perguntas mais fáceis... Olha, por exemplo, quem escreveu "Os Lusíadas"?

Que saudades do programa "Mentes Brilhantes"...

Não foi o Eça, Camilo, Júlio Dinis...

Nem o Vitorino Nemésio...

Então ninguém sabia que foi o Antonio Tabucchi?!

Ah! Não, não chegava lá...

Francamente, também quem mandou ao escritor italiano adoptar Portugal como segunda pátria?!

20050926

Segredos republicanos

Jorge Morais, antigo director do "24 Horas" e "Tal&Qual", acabou de lançar um livro (editora Via Occidentalis) intitulado "Com Permissão de Sua Majestade", onde revela a existência de um memorandum secreto de Julho de 1910 com o título "Atitude a ser observada pelo Governo de Sua Majestade na eventualidade de uma República ser instaurada em Portugal e uma terceira Potência intervir para restaurar a Monarquia".



Quer isto dizer que os nossos tradicionais aliados ingleses sabiam bem o que se tramava contra o jovem D. Manuel II, cujo pai e irmão mais velho foram assassinados dois anos antes, e nada fizeram no sentido de impedir a revolução de decorrer. Antes pelo contrário, pois receberam os conspiradores republicanos em Londres... Agora, nas vésperas de celebrarmos mais um 5 de Outubro num clima de pré-campanha para as presidenciais, seria bom reflectirmos sobre a conspiração republicana que levou ao fim da Monarquia e pensarmos como é que Inglaterra e Espanha, sem esquecer Holanda, Dinamarca, Suécia ou Bélgica têm hoje um regime que, para os portugueses, é apresentado como algo do "antigamente" que "não faz sentido nos dias de hoje"...
Por achar que faz cada vez mais sentido e o que vivemos hoje é precisamente o vazio criado pelos conspiradores de há quase 100 anos, só tenho de agradecer ao Jorge pelo seu trabalho!

Candidaturas presidenciais do contra

Candidatura de Jerónimo de Sousa - contra a Direita.
Candidatura de Francisco Louçã - contra Cavaco Silva e a direita.
Candidatura de Mário Soares - contra Cavaco Silva.
Candidatura de Manuel Alegre - contra toda a Esquerda que não apoia os anteriores candidatos e contra Cavaco Silva.
Cavaco Silva ainda não é candidato, mas a sua candidatura é a única que não vai ser contra ninguém, pois parece que será apenas por quem deve ser: Por Portugal, algo que as outras candidaturas esqueceram.
É que o ódio gera ódio...

20050924

Qual papel?!

É uma pena.
É uma pena que o semanário “Tal&Qual” não tenha esclarecido esta sexta-feira o processo judicial que o opôs ao agora candidato do PS, Manuel Maria Carrilho, a propósito do episódio da casa de banho, e que motivou a famosa cena do não cumprimento com o candidato do PSD, Carmona Rodrigues.
É uma pena que o semanário não tenha explicado que nunca Carrilho desmentiu a notícia dos gastos faustosos na casa de banho no Palácio da Ajuda, e nunca o jornal foi condenado em tribunal. É uma pena que os actuais “jornalistas” que fazem aquele jornal – e que à data dos factos estavam longe de imaginar que algum dia trabalhariam numa histórica publicação por onde “passaram grandes nomes da imprensa nacional” (como disse Alexandre Pais, actual director do “Record” e ex-director do “Tal&Qual, na sua crónica na revista “Sábado” de 23 de Setembro, pág 89) – nunca tenham contactado antigos jornalistas, chefe de redacção ou directores da publicação para repor a verdade dos factos.
Deixaram assim passar, cobardemente e irresponsavelmente, uma imagem de desconfiança em relação ao trabalho sério de reportagem de muitos camaradas que os antecederam.
É uma pena.
Perante o silêncio do único jornal com direito e propriedade para restabelecer a verdade, é natural que agora surjam pessoas responsáveis perfeitamente convencidas de que, afinal, Carrilho venceu um processo judicial contra o “Tal&Qual”.
O que não é verdade.
Veja-se como andam confusas certas pessoas, como a “Bomba Inteligente” (Carla Hilário Quevedo), que na revista “Única” do semanário “Expresso” de hoje, numa crónica intitulada “Filho de boa gente não se sente”, começa precisamente por dizer: “Na incómoda troca de palavras na SIC Notícias, Manuel Maria Carrilho, ao ouvir de Carmona Rodrigues uma referência a uma questão passada resolvida em tribunal, inocentando-o...”
Estão a ver no que isto deu?! “Inocentando-o”?!
É uma pena que os actuais responsáveis do “Tal&Qual”, que, repito, não são os mesmos do tempo dos acontecimentos, não tenham sabido enfrentar a questão com o brio jornalístico que se impunha e não tenham, mais uma vez repito, sabido ir ouvir os camaradas intervenientes daquela altura. Tivesse o actual “T&Q” feito jornalismo e saberíamos por que razão o jornal só pediu "desculpas" a Carrilho...
Quer isto dizer que Manuel Maria Carrilho nunca foi provar em tribunal que o “Tal&Qual” mentira!
Quer isto dizer que Manuel Maria Carrilho não pode dizer que está inocente das acusações que o jornal fez porque o ex-ministro contentou-se apenas com um simples pedido de “desculpas” em vez de 50 mil contos...
Se Carrilho realmente estivesse “inocente”, será que desistira de ir a tribunal apenas com um simples pedido de “desculpas”?!
É uma pena que o “Tal&Qual” não tenha explicado isso esta semana e preferiu apresentar um texto asséptico, com informações repetidas e perfeitamente deslocadas do seu rico património jornalístico. E, ainda por cima, a prova de que os jornalistas do actual “Tal&Qual” não honram os que os antecederam está no início de um texto na edição desta semana: “Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães tinham casamento marcado para 5 de Agosto de 2001. Mas o que celebraram nesse dia foi apenas uma união de facto. É que o “T&Q” descobrira, dias antes do enlace, que Bárbara era já casada, desde 1997, com o apresentador Pedro Miguel Ramos”. Esta afirmação é um erro tremendo, pelo que agora o “T&Q” até erra quando fala de si próprio!...
Bastava consultar a colecção do semanário do ano de 2001 para notar que o jornal só revelou as provas do casamento entre Bárbara e Pedro no dia 9 de Agosto, na quinta-feira (antecipou-se um dia a edição...) seguinte à cerimónia da união de facto. Foi precisamente por haver um acordo judicial entre Carrilho e o “Tal&Qual” que o jornal teve de enviar à pressa um jornalista (eu) até Punta Cana, na República Dominicana, para investigar “toda a verdade” de uma notícia que tinha sido revelada pelo semanário “O Independente” a 3 de Agosto, dois dias antes da cerimónia.
Este outro semanário (honra lhe seja feita) apenas falava de um vídeo, mas não tinha as provas documentais. E, no dia seguinte, 4 de Agosto, o semanário “Expresso” noticiava o facto de que Carrilho tinha contratado “uma sociedade de advogados da República Dominicana para fazer o escrutínio de todos os registos de casamento do ano de 97. O objectivo é provar que Bárbara Guimarães e Pedro Miguel Ramos não casaram naquele país...”, conforme se podia ler num texto de primeira página.
Só a 9 de Agosto de 2001, quatro dias após a união de facto, é que o “T&Q” revelou os documentos que provavam o casamento entre Bárbara e Pedro e ainda algo muito mais sério: alguém tinha cortado do livro oficial de actas na República Dominicana a folha que provaria aquilo que os advogados de Carrilho não queriam que se provasse!
E esta história do papel desaparecido tem sido agora sistematicamente “branqueada”.
- O papel!
- Qual papel?!
- O papel!
- Qual papel?!
- O papel!
- Qual papel?!...
A 20 de Agosto do presente ano de 2005, o “24 Horas”, edição em revista ao sábado, trazia como tema de capa uma reportagem sobre as várias histórias de Carrilho e Bárbara e, a propósito do episódio do casamento nas Caraíbas, explicava assim aos seus leitores: “Apenas ao fim de quase dois anos é que o casal deu o nó. Tudo após Carrilho ter contratado uma equipa de advogados, para evitar que a noiva fosse acusada de bigamia. O objectivo era demonstrar que Punta Cana fora apenas uma brincadeira. Mas tiveram mesmo que esperar que Pedro Miguel Ramos assinasse os papéis do divórcio”. Como podem constatar, nem uma única menção ao papel roubado no livro de actas que o “T&Q” – semanário do mesmo grupo editorial do “24 Horas” – descobrira...
Também a revista “Sábado” desta semana, numa reportagem igual à do “24 Horas” de Agosto passado, ao falar do episódio das Caraíbas, diz assim: “Ao que parecia, ela [Bárbara] já era casada, desde 26 de Julho de 1997 (...). E se a apresentadora começou por negar a validade do ‘sim’ dado nas areias da República Dominicana, acabou por se acautelar e fazer uma festa apenas simbólica antes de, finalmente, casar de papel passado com o ex-ministro”. Pois, e sobre o papel que desapareceu no registo civil na República Dominicana, também nem uma palavra! Contudo, quem pode censurar estes jornalistas de outras publicações se o próprio “Tal&Qual”, o semanário que tinha a obrigação de, face a estes eventos da actualidade, lembrar “toda a verdade” – e que tem lá os vários documentos –, também não o faz?!
É uma pena.
É uma pena que, ainda a propósito desta coisa dos advogados contratados na República Dominicana pelo candidato socialista à Câmara de Lisboa e o desaparecimento de um papel oficial, ninguém se tenha igualmente lembrado de umas singelas linhas assinadas em conjunto por Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho na revista do semanário “Expresso”, a 11 de Agosto de 2001, na altura do “casamento de facto”: “Foi dado, há alguns dias, um inexplicável destaque a um rumor sobre um suposto acontecimento realizado há anos, que condicionaria as nossas vidas e as nossas decisões mais pessoais.
Infelizmente, hoje, é quase impossível desmentir rumores, sobretudo quando são – como é o caso – insidiosamente montados e perfidamente divulgados.
Este rumor, que já havia sido tão noticiado como desmentido anos atrás, serviu-se agora de inclassificáveis procedimentos anónimos e teve, infelizmente, a cumplicidade de quem, apesar das suas responsabilidades, parece não saber o que é informar com rigor os cidadãos.
A dimensão de toda esta sórdida maquinação, urdida em zonas do mundo onde tudo se obtém, tudo é longínquo e tudo está à venda, impõe-nos uma especial obrigação de transparência – e de verdade.
Sobretudo a quem, como nós, se conduz por princípios éticos muito claros, o que nos leva à decisão de festejar a nossa união e de celebrar o nosso casamento em circunstâncias a preservarmo-nos integralmente de quaisquer intromissões na nossa vida. E na nossa felicidade.
B.G. e M.M.ªC.”
Os “rumores” nunca foram desmentidos. Aliás, o divórcio de Bárbara e Pedro, em Outubro de 2002, apenas os confirmaram... Já o episódio do papel, que aparentemente terá sido urdido numa zonas do mundo “onde tudo se obtém, tudo é longínquo e tudo está à venda”, nunca foi devidamente esclarecido.
Nada me move pessoalmente contra Carrilho e Bárbara, mas como me conduzo por princípios éticos muito claros e tenho um compromisso com a senhora verdade, sou obrigado a escrever estas linhas...
Tal e qual.

20050922

Um país de maravilhas

Depois do sucesso de "Quem Quer Ser Milionário?" e o "Um Contra Todos", eis que "O Cofre" surge aí para nos impressionar ainda mais...



Realmente... Quem terá escrito aquela história tão estranha?



Ainda temos tempo...



Não foram os irmãos Grimm, nem o Andersen...



O suspense...



A ajuda também não é grande coisa...



Charles Dickens também não foi...



... nem La Fontaine.



Havia aquele coelho que dizia que estava atrasado...



Ao fim de mais de um minuto e 30 segundos...



... é escusado...



Coitado do Lewis Carroll!

20050920

"Biblioteca Sem Nome"

Quando estive em Viena, em Outubro de 2000, entre uma visita à prisão onde estava Oswald Le Winter, um passeio pelos cenários do filme "O Terceiro Homem", pelas ruas e parques daquela histórica cidade e ainda a visita ao museu Hundertwasser, também tentei entrevistar o célebre Simon Wiesenthal.
Os problemas de saúde do "caçador de nazis" não permitiram o nosso encontro e aquela foi uma entrevista que nunca fiz. Porém, na Judenplatz, onde há um museu dedicado à memória dos judeus de Viena, está um monumento que fala por Simon Wiesenthal, falecido na passada terça-feira.
É um monumento que revi fugazmente nas imagens que as várias televisões mostraram quando aludiram à sua morte. A obra de arte surgiu em segundo plano, sem que ninguém explicasse o seu significado e a força que transmite.
Aquele monumento é uma obra da autoria de uma artista britânica da nova geração, Rachel Whiteread, e chama-se "Biblioteca Sem Nome". As paredes do bloco são representações de livros. Mas não podemos ler os títulos, pois as lombadas estão voltadas para dentro e, nas portas, não há maçanetas... Aqueles são os livros que nunca iremos ler, as histórias das vidas que não iremos conhecer.
Não precisei de fazer a entrevista a Simon Wiesenthal, pois aquele monumento fala por si e eu soube perceber o que ele queria dizer... Deixo aqui a sugestão para que quando forem a Viena, visitem Simon Wiesenthal junto àquela obra de arte e que se lembrem do "nunca mais".




Para memória futura, vinda do passado...

Crónica do chefe de redacção do semanário "Tal&Qual", José Paulo Fafe, a 31 de Outubro de 1997, altura em que o ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho anunciou que iria processar a publicação:

"Não sei se estão lembrados que já há uns quantos anos, durante uns meses, o
prof. Cavaco teve um ministro que contava anedotas. Agora, anos depois, o
engenheiro Oliveira Guterres resolveu brindar-nos com um ministro que,
embora não conte anedotas, é, ele próprio, uma verdadeira anedota.
Vem isto a propósito da noticiada intenção do sr. Manuel Maria Carrilho de
processar este jornal por alegado 'abuso de liberdade de Imprensa', ao que
parece relacionado com três manchetes que o 'T&Q' publicou nos últimos
meses - 'Ministro dá tachos', 'Ministro paga sexo na Internet' e 'Ministro
gasta 12 mil contos numa casa de banho'.
Embora já tenha aprendido a não me espantar com as habituais tropelias do
sr. Carrilho, confesso que desta feita fiquei de boca aberta e ainda mais
convencido que a dita criaturinha perdeu definitivamente o juízo.
Recorrendo a um conhecido advogado da nossa praça e 'ameaçando' só parar nos
tribunais, o sr. Carrilho mostrou uma inequívoca e notável queda para a
esperteza saloia.
É que ­- recorde-se -­ nunca o sr. Carrilho desmentiu uma única linha do que
foi publicado neste jornal. Ou seja, admitiu que é um mãos-largas a
distribuir lugares no seu ministério; que subsidia um site na internet que é
um verdadeiro antro de pornografia e prostituição; e, finalmente, através de
uma polémica e pomposa 'nota à Imprensa', confirmou que gastou 12 mil
contos do erário público na remodelação da sua célebre casa de banho, no
Palácio da Ajuda.
E porque é que o sr. Carrilho, não desmentiu uma única vírgula. Pela simples
e única razão que nada havia a desmentir. Mas ele tinha que dar uma de
homenzinho, arranjar maneira de se ver livre dos sorrisos marotos dos
colegas de governo, tentar iludir uma opinião pública que o transformou em
chacota nacional.
Vai daí, o sr. Carrilho deu uma de homenzinho e ­- trás! -­ toma lá processo
que já almoçaste... Sim, porque o sr. Carrilho ­- pobrezito - leva-se a
sério. Fala de cátedra, exige respeito, quer ser adulado, pretende-se
indispensável, chega mesmo ao ponto de sem achar bonito.
A mim, se me é permitida uma opinião sobre este Jack Lang de pacotilha, que
não conheço e de quem apenas sei reconhecer uma triste história que nada
abona a seu favor, acho-o exactamente ao contrário: chato, insuportável,
apalermado e feio! Mas isso são contas de outro rosário...
Voltando à vaca fria: alguém que o conhece de perto, contou-me há dias
que o sr. Carrilho anda convencido que este jornal está envolvido numa
campanha contra ele e a sua sinuosa obra governativa. Coitado... Se o sr.
Carrilho pudesse ser mosca e escutar a galhofa que se gera aqui na redacção
de cada vez que é pronunciado o seu nome, certamente coraria e num ápice
perderia essas rídiculas peneiras de possuir estatuto e perfil para ser
objecto de qualquer campanha que seja.
O sr. Carrilho ainda não percebeu que é um autêntico manancial para a
chacota nacional. Quando nomeia a torto e a direito, quando subsidia a mais
reles pornografia, quando exige que lhe troquem a sanita ou quando vai bater
à porta do seu advogado, o País estremece de tanto rir.
E a culpa, convenhamos, não é proprimante do 'T&Q'... Agora, ao que parece,
o sr. Carrilho decidiu processar este jornal. É um direito que lhe assiste.
Como a mim -­ e certamente a muitos dos nossos leitores ­- nos assiste o de
rir à gargalhada. É mesmo um quase um dever!"

20050919

Quando o "Tal&Qual" fazia jornalismo...







20050917

Palpites...

Cá para mim, que tanto faz, acho que quem vai ganhar as eleições de amanhã na Alemanha será Angela Merkel, quanto mais não seja pelo facto do nome dela figurar na lista dos participantes da última reunião do grupo de Bilderberg, aquela nos arredores de Munique, em Maio, onde Guterres foi arranjar o emprego para a ONU.
No ano passado, se estão lembrados, a reunião anual deste grupo foi em Itália e, no lado português, estiveram lá Santana Lopes e José Sócrates, numa altura em que o primeiro ainda só era presidente da Câmara de Lisboa e o outro um simples deputado socialista... Pelo que se passou meses depois, constata-se que realmente acontecem coisas extraordinárias a quem participa nesses encontros secretos entre políticos e empresários...

Godot chegou...

David Shayler era um jovem britânico com alguma experiência no jornalismo quando um dia, no início dos anos 90, respondeu a um anúncio para emprego no "Independent" cujas letras gordas diziam apenas "Godot não vem".
O anunciante era o MI5, os serviços secretos britânicos.
David trabalhou no MI5 durante cinco anos, até que em Agosto de 1997 denunciou publicamente no "Daily Mail" algumas práticas ilegais dos serviços secretos britânicos. Entre uma das denúncias constava a tentativa de assassinato do líder líbio, Kadafi.
As denúncias de Shayler são pouco conhecidas em Portugal, mas isso até se entende: dias depois de terem sido feitas, morreu a princesa Diana em Paris e as notícias centraram-se no caso, funeral, etc...
Há dias, Shayler, a propósito do 11 de Setembro disse isto:...

20050916

"Ordinário"...

Depois do fim do debate na SIC Notícias, ontem à noite, o candidato do PS, Manuel Maria Carrilho, não cumprimentou o candidato do PSD, Carmona Rodrigues...



... o que levou este último a desabafar:



Carrilho justificou e disse que Carmona é que lhe devia pedir "desculpas"...



Mas desculpas de quê? Que eu saiba nunca o jornal de "quinta ordem" foi condenado em tribunal... Aliás, ainda hoje estou à espera do resultado da investigação dos advogados de Carrilho na República Dominicana... Realmente, com uma folha cortada num livro de registo oficial essa investigação deve ser um pouco difícil!

20050914

Bacalhau à Mário Soares...

Segundo parece, Mário Soares disse que Cavaco Silva não tem perfil para ser Presidente da República. Para os jornalistas que ainda podem noticiar as contradições dos políticos, sobretudo dos do PS, eis uma dica: vejam o que disse Mário Soares com Cavaco Silva ao seu lado, em finais de Abril de 2003, quando o convidou a discursar na casa-museu João Soares, em Cortes, Leiria. Salvo erro foi qualquer coisa assim: "Claro que o professor Cavaco Silva seria um bom candidato a Presidente da República!"...
Isto faz lembrar a velha anedota do tempo em que Mário Soares era primeiro-ministro: Como é o bacalhau à Mário Soares? É arroz com frango!...

20050913

E o Millennium paga...

Há uns anos o cantor Pedro Abrunhosa gritava num concerto-comício "Eu não pago", criticando assim as portagens na ponte 25 de Abril onde marcou o início do fim do governo de Cavaco Silva. Anos depois, o banco Millennium, agora dirigido pelo antigo porta-voz governamental de Cavaco Silva, Pedro Teixeira Pinto, paga uma campanha publicitária para colocar Abrunhosa a dizer "Eu estou aqui".
Assim se vê o poder do capital...


(Foto da minha autoria utilizando o jornal "Público" de há uns dias e o livro "15 anos de fotografia" editado pelo mesmo diário, com foto de Pedro Abrunhosa da autoria de Paulo Ricca, em Vila do Conde, em 1992)

20050911

A few words about 9/11 (in english...)

One of the most common arguments from the American government claims that it was hard to imagine or even unthinkable to preview an air attack on the USA soil like the one that hit the Twin Towers in New York.
That’s not true.
Remember Columbine? When those two kids killed everybody on their school and ended up by killing themselves?
It was on April 20, 1999, two years before 9/11.
Well, six days after Columbine it was announced on the American press that one of those kids, Harris, had a diary where he described his idea of hijacking a plane and crash it over New York… After these shocking information came to light there should be implanted an air defence plan for New York… Now, remember also that the second plane, the one that hit the South Tower, took more than 15 minutes to show after the first plane. That’s too much time for an air defence not to act… An air defence plan that should exist after the news that emerged from Columbine…




(Pictures from Michael Moore's film "Bowling for Columbine")

Another question from that day was the fall of the Towers… Well, imagine that the Towers were condemned but who would pay for the demolition expenses?! The easy and less expensive way to end with that “White Elephant” would be trough a controlled demolition. When I look at the images from the fall of the towers I can’t ignore seeing some tinny explosions… I’ve already seen some logical explanations to that. But they sure look very nice controlled explosions…

And now look those small explosions as the building falls



And what about the plane that they claim it fell on the Pentagon but you don’t find any traces of it?! I’ve seen a “National Geography” documentary explaining how the plane disintegrated… Whow!
I’ve visited the Pentagon area on November 2001, just two months after the events, as the rebuilding works were on and the area affected was much wider than the one we all first saw on the news on September 11, 2001… Remember that the first news that came on that day mentioned an “explosion”. It was only a few hours after that the main televisions shifted their story to the official version of a plane… A magic plane that no one could catch a graphic record of it, went invisible to all the air defence system in Washington, flew over a highway without damaging lightning posts… A magic plane that looked just the magic bullet that killed Kennedy!




20050910

A minha New Orleans...

Do muito que já se escreveu sobre a cidade de New Orleans, ainda não li nada sobre um outro facto histórico em relação àquela cidade agora destruída. Já muito se falou das raízes francesas, dos negros e da sua música, do Jazz e das loucas festas do "Mardi Gras", da gastronomia e das suas gentes. Contudo, há uma pequena grande história que não saltou para a Imprensa.
A minha New Orleans resulta de um filme.
Nunca fui a New Orleans, mas há uns anos vi um filme que teve o condão de me gravar na mente o nome desta cidade.
Esse filme foi o "JFK", de Oliver Stone, aquele sobre a morte do presidente Kennedy.
Mas, perguntarão alguns, isso não foi em Dallas? No Texas? O Estado da família Bush?...
Assim, o que tem New Orleans a ver com a morte de Kennedy?
Ora, para quem se recorda vagamente da película, certamente lembra-se-á de que a personagem principal interpretada por Kevin Koster chama-se Jim Garrison. Trata-se de uma pessoa que existiu na vida real, e era o procurador-geral de New Orleans.
Jim Garrison iniciou uma investigação em New Orleans pouco depois da morte de Kennedy, uma vez que Lee Harvey Oswald viveu nesta cidade meses antes do atentado. Aliás, o único julgamento relacionado com a morte do presidente dos EUA foi em New Orleans, entre Janeiro e Março de 1969, onde o acusado era Clay Shaw, director da New Orleans International Trade Mart. Embora o acusado tenha sido absolvido, foi graças à busca pela Justiça levada a cabo por Jim Garrison que a tese oficial defendida no relatório da Comissão Warren, de que a morte de Kennedy tinha sido causada apenas e unicamente por um homem, ruiu que nem um castelo de cartas. As dúvidas podem demorar tempo até virem a ser cabalmente esclarecidas, mas a grande investigação começou em New Orleans
Na minha New Orleans... A New Orleans da busca da justiça, da verdade. Da liberdade.

20050909

Acordar o Sócrates?!

Segundo ouvi dizer, prepara-se para esta noite, à meia-noite, uma manifestação com despertadores tachos e panelas em frente à residência oficial do primeiro-ministro em S. Bento (que fica na zona de Belém, como li há pouco no rodapé da TVI!...). O objectivo desta manifestação nocturna (quem a autorizou para aquela hora da noite?!) é "acordar" o primeiro-ministro José Sócrates para a questão da pobreza. Presumo que naquela altura o primeiro-ministro socialista até deverá estar a dormir no seu andar de luxo na Rua Braacamp (se não tiver ido passar o fim-de-semana fora) enquanto os pobres, a julgar por estas acções, vão continuar ainda mais pobres.

É a glória!

Revista "Maria" desta semana. A revista mais vendida em Portugal...



... também faz jornalismo!



E no fim... como diria o nosso amigo Fernando Brandão: "É a p... da loucura!"