20031226

Ainda sobre os anarquistas...

Depois de já aqui ter apontado o exemplo de um texto de 1894, da autoria de Eça de Queiroz, onde o escritor analisa os resultados de um atentado anarquista - e que mais não são do que uma cópia a papel químico do que hoje vemos desde o dia 11 de Setembro de 2001 -, quero aqui lembrar umas palavras da pena de Fernando Pessoa, que consta na obra "O Banqueiro Anarquista":

"Não é de não criar tirania que se trata: é de não criar tirania nova, tirania onde não estava. Os anarquistas, trabalhando em conjunto, influenciando-se uns aos outros como eu lhe disse, criam entre si, fora e aparte das ficções sociais, uma tirania; essa é que é uma tirania nova.
Essa, eu não a criei. Não a podia mesmo criar, pelas próprias condições do meu processo. Não, meu amigo; eu só criei liberdade. Libertei um. Libertei-me a mim. É que o meu processo, que é, como lhe provei, o único verdadeiro processo anarquista, me não permitiu libertar mais. O que pude libertar, libertei."

Eu também já me libertei.
Sou o jornalista anarquista!
Escrevi um livro onde digo o pouco que fui sabendo...
Agora, quem quiser lê-lo, talvez se liberte também!
Eu já fiz o que tinha a fazer, e a mais não me sinto obrigado!

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